Consta que en Oporto se hacían procesiones del Corpus desde 1455 (1417 según el Padre Couto), en las cuales salían gigantones [1], se hacían también corridas de toros; salía la Coca o Dragão (=Tarasca) y se bailaba, como en otras muchas localidades portuguesas y gallegas, una danza de penlas ("a pella das regateiras com as moças que vom cantando com ella"), otra mourisca y diversos jogos (Vida de S. Pantaleão, Vida de Cristo, Queda de Adão, Luta entre David e Golias...). En 1560 sabemos que en la procesión salía Santa Clara "com duas freiras, e muitos mouros com ellas, que lhes vam falando muitas desonestidades", y en 1621 consta la existencia de una danza mourisca que fue ofrecida por el concejo e interpretada por 40 hombres, incluyendo en el bando musulmán un Rei Mouro y un Alfaquí [2]. El documento de 1621, menciona también la participación en la procesión de los bogios, variante de la denominación bugios que se emplea todavía en São João de Sobrado para referirse a los cristianos (cf. FICHA nº 7: https://juliomontanes.synology.me/bases/morosadyacentes/index.php?-table=morosadyacentes&-action=browse&-cursor=0&Numero==7).

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[1] Cf. BD Gigantes en zonas adyacentes de Galicia: https://juliomontanes.synology.me/bases/xigantesper/index.php?-table=xigantesper&-action=browse&Registro==30.

[2] Libro IV de Provisões da Camara do Porto, fol. 397. En RIBEIRO (1829), apéndice doc. XVIII.

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REFERENCIAS:

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BASTO, Claudio, "Mareantes do Rio Douro", en: Panorama etnográfico, 1.° Centenário dos Bombeiros Municipais de Gaia, (07/05/1939), pp. 15-16
BASTO, Artur de Magalhães, "Moralidade e costumes portuenses no século XVI", en: Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, Imprensa Portuguesa, Oporto, 3ª serie, tomo 2 (1925), pp. 43-44.
COUTO, P. Luís de Sousa, Origem das procissões da cidade do Porto, Câmara Municipal do Porto-Gabinete de História da Cidade (col. Documentos e Memórias para a História do Porto, nº 1 ), Oporto, 1936.
GALLOP, Rodney, "The Origins of the Morris Dance", en: Journal of the English Folk Dance and Song Society, vol. 1, nº 3 (1934), pp. 122-129 (p. 126). Disponible: https://www.jstor.org/stable/4521040.
GONÇALVES, Flávio, "As imagens de S. Cristóvão", en: O Comércio do Porto, año 108, nº 251 (12/09/1961), p. 6. Suplemento Cultura e Arte, y "Ainda as imagens de S. Cristóvão", en: O Comércio do Porto, año 108, nº 292 (24/10/1961) p. 6.
GONÇALVES, Iria, "As festas do Corpus Cristi do Porto na segunda metade do século XV: A participação do concelho", en: Estudos Medievais, Centro de Estudos Humanísticos, Oporto, nº 5-6 (1984-85), pp. 69-89.
OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, Festividades cíclicas em Portugal, Publicaçoes Dom Quixote, Lisboa, 1984 (p. 293). Disponible: https://books.openedition.org/etnograficapress/5888.
RAMOS, Carla Susana Barbas dos, A administração municipal e as vereações do Porto : de 1500 a 1504 [Tesis doctoral], Universidade do Porto, Oporto, 1997 (cap. 4.4. A Festa do «Corpus Christi», pp. 164 ss.) Disponible: https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/55231
RIBEIRO, João Pedro, Dissertações chronologicas e criticas sobre a historia e jurisprudencia ecclesiastica e civil de Portugal, Typografia da Academia das Sciencias, Lisboa, 1829, tomo IV-parte II, Apéndice, docs. XIII y XVIII, pp. 184 ss,. y 201 ss. Disponible: https://purl.pt/12115 [2ª ed, 1987, tomo IV-parte II, pp. 174-178 y 195 ss.]
SOUSA VITERBO, Francisco Marques de, “Fastos religiosos : X.-Festa e Procissão do Corpo de Deus”, en: Revista Lusitana, vol. V (1899), pp. 189-191. Disponible: https://archive.org/details/RevistaLusitana5/page/n195/mode/2up?q=sousa+viterbo.