Según Bernardino José de Faria en las fiestas de la Virgen de los Dolores de Póvoa de Varzim (distrito de Oporto), se representaba hasta 1850-51 en el
Largo das Dores una pieza teatral que Faria denomina Scêna do Alcorão (=Escena del Corán). Se trata de una lucha de Moros y Cristianos dialogada, de la cual Faria publicó en 1914 algunos versos conservados en la memoria popular (cf. Foto). La obra, ignorada hasta ahora por los especialistas en las representaciones de Moros y Cristianos portuguesas, comenzaba con los lusitanos viendo llegar a los mouros:

.......................................................................Que gente é aquela,
.......................................................................D'agna carregada?
.......................................................................Ai meu Deus!...
.......................................................................Que eles são mouros
.......................................................................Todos eles tem
.......................................................................Cara arrenegada!
.......................................................................Cara arrenegada! (...)

Y finalizaba, como es habitual en las representaciones de Moros y Cristianos gallegas y portuguesas, con los moros derrotados y cautivos, en este caso sometiéndose a la Virgen de los Dolores:

.......................................................................Vamos todos os cativos
.......................................................................Coroados de flores
.......................................................................Aplaudir e'os marinheiros
.......................................................................A sacra Virgem das Dores
.......................................................................A sacra Virgem das Dores.

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REFERENCIAS:

FARIA, Bernardino José de, “Espectaculos, scênas e bailes publicos”, en:
A Póvoa de Varzim: Revista quinzenaria ilustrada, vol. 3, nº 10-11 (1914), p. 4-8. Disponible: http://web.cm-pvarzim.pt/rev_apovoadevarzim/images/revista/vol_3/pv_1914_04_11_vol3_n10e11.pdf.